segunda-feira, 10 de outubro de 2016

A Cirurgia (Primeira consulta)


"Foi quando eu disse 'Dr. eu decidi fazer a cirurgia' e ele me respondeu: 'Não, a bariátrica não é uma escolha, é doença'."



Como eu havia mencionado no post anterior (A minha história), dia 19 de julho de 2016, foi a minha primeira consulta com o Dr Luiz Fernando da clínica Gastromed, na qual eu estava acompanhada pela minha mãe.
Fui muito bem recepcionada pela Monalisa, não tive que aguardar muito pois logo saía uma outra loira de dentro do consultório do Doutor. Ele falava para a recepcionista ''Ainda quero vê-la antes da cirurgia''. Senti uma inveja branca daquela moça! rsrs 
Pois bem, ao entrar no consultório dele, eu comecei falando sobre as minhas várias tentativas de emagrecimento sem sucesso, sobre as dietas loucas e sobre como eu não estava mais aguentando estar nesse peso, foi quando eu disse ''Dr. eu decidi fazer a cirurgia'' e ele me respondeu: ''Não, a bariátrica não é uma escolha, é doença''. Em outras palavras o que ele quis me dizer ali, é que ninguém escolhe ser operado, não existe essa de se operar para ter um caminho mais fácil, as pessoas operam porque precisam, porque estão doentes e no meu caso, não era diferente. Ele pediu que eu me pesasse e o resultado foi: 110 kg. Minha mãe deu uma bufada de choque. Foi feito o cálculo do meu IMC (Peso / Altura² ou Peso / Altura x Altura) que deu 38,2 kg/m² que significava uma obesidade grau II (Severa), eu nunca havia pesado tanto em toda a minha vida! 
O problema de ter esse IMC menor que 40, é que para o plano aprovar a minha cirurgia eu precisava de comorbidades. O que é isso? São doenças que implicam com a sua saúde ou que ameaçam a sua vida. Felizmente, ou infelizmente, depende do caso, eu tenho um problema nas pernas que eu mencionei antes, o linfedema de membros inferiores e como o peso implica diretamente no inchaço, riscos de trombose, o plano poderia aprovar com base nisso. O doutor também me questionou sobre o histórico familiar, se havia obesidade, problemas de hipertensão e diabetes, e na minha existem todos esses casos, o de obesidade é pequeno, somente 1 primo na família, mas minha mãe é hipertensa e toda a minha família paterna é diabética. 
Terminada a minha consulta, eu saí com uma lista IMENSA de exames e consultas para serem feitos (Farei outro post para falar desses exames),  e na esperança de uma frase que o Dr me falou ''Se ocorrer tudo bem operamos você em 30 dias, se não, operamos em 60" mais ansiosa que eu depois desse dia, não existia! rsrs
 Já saí do consultório direto para o Hospital Brasília que ficava em frente à clínica, fiz o raio X do tórax na mesma hora e marquei os outros exames que precisava ali: Ecografia do abdômen total, ecografia transvaginal (Para colocar o DIU) e endoscopia. Além de todos os exames e consultas, eu precisava de 5 laudos essenciais para a aprovação do plano: Nutricionista, Psicólogo, Pneumologista, Cardiologista e Endocrinologista. Eu estava correndo contra o tempo, precisava fazer todos os exames com a maior urgência possível, e mal cheguei em casa naquele dia e já liguei pra todos os consultórios da rede, meu maior medo era a demora do resultado da Polissonografia (O exame do sono) e graças a Deus, consegui marcar o exame para o dia 26 de julho, e o resultado só demoraria uma semana para sair! Ihuuuul. 
Uma outra coisa que me aflingia, era a consulta com a Endócrino. O pessoal da clinica me informou que o Sulamérica cobrava uma curva de peso para aprovar a cirurgia, e existia uma médica que fazia, o problema é que ela não atendia pelo plano, e só a consulta custava R$ 300,00 à vista. Eu poderia ter procurado outros endocrinos, mas tive medo deles não fazerem essa tal curva de peso e preferi não arriscar. Como a Dra precisava de todos os exames feitos para me dar esse laudo, foi a última consulta que eu marquei, prevista para o dia 11 de agosto de 2016.
 


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